Reprodução
O técnico em enfermagem de 41 anos, suspeito de estuprar uma paciente do Hospital Goiânia Leste, se entregou à Polícia Civil no inicio da tarde da última quarta-feira (29). Ele se apresentou espontaneamente na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). De acordo com a delegada Paula Meotti, ele prestou depoimento e depois foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exames de corpo de delito e depois ficará à disposição da justiça.
A vítima, de 21 anos, morreu no último domingo (26). Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após dar entrada por conta de crises convulsivas. Antes de morrer, ela revelou a uma enfermeira que teria sido abusada sexualmente por um técnico em enfermagem do turno anterior.
O advogado de defesa, Leonardo Silva Araújo, informou que o seu cliente se declara inocente. Segundo o defensor, o suspeito não se apresentou antes por temer pela própria vida e da família.
A defesa informou ainda que não teve acesso às imagens da UTI que supostamente mostrariam os abusos, mas que o primeiro passo vai ser analisá-las para ver o que realmente aconteceu.
O Hospital Goiânia Leste informou que já tomou as primeiras medidas e que o funcionário acusado pela paciente foi imediatamente suspenso e afastado da sua função.
Também de acordo com a unidade de saúde, foi registrado um boletim de ocorrência pelos responsáveis da UTI, no último dia 21 de maio. Nessa mesma data, o funcionário foi demitido por justa causa.
A nota informou ainda que “a causa da morte da paciente, em 26/05/2019, não possui relação com os fato ocorrido.
Veja a nota na íntegra:
"No dia 17 de maio de 2019, os responsáveis pela UTI do Hospital Goiânia Leste receberam a denúncia de abuso sexual da paciente de 21 anos por meio de uma das técnicas de enfermagem da equipe. No mesmo momento, a direção tomou as primeiras medidas com o objetivo de proteger a paciente e investigar o ocorrido.
O técnico de enfermagem acusado pela paciente foi imediatamente suspenso e afastado da sua função. Um boletim de ocorrência com a denúncia foi registrado pelos responsáveis da UTI na Delegacia da Mulher, no dia 21/05/2019 e o funcionário foi demitido por justa causa nesse mesmo no dia. Posteriormente, também por iniciativa da empresa de UTI, o vídeo que mostra o suposto assédio do ex-funcionário, consistente num possível toque nas partes íntimas da paciente, também foi entregue à delegada responsável pelo caso. Cada um dos 20 leitos geridos pela UTI possui câmera individualizada, que funciona e grava toda a movimentação da UTI, 24 horas por dia. Ao ex-funcionário foi dada a oportunidade de ver as imagens, o que foi recusado por ele.
Além de ter tomado as medidas necessárias sobre a denúncia, coube aos diretores da empresa de UTI comunicar aos pais da paciente sobre o fato e sobre as medidas já tomadas. Esclarece, por fim, que a causa da morte da paciente, em 26/05/2019, não possui qualquer relação com os tristes fatos ocorridos. A empresa está à disposição das autoridades para fornecer qualquer informação adicional que possa ajudar na investigação da denúncia."
(Com informções MCeará)
Nenhum comentário:
Postar um comentário