Autor: FOLHAPRESS
O presidente Jair Bolsonaro afastou Christian de Castro do comando da Ancine, a Agência Nacional do Cinema, órgão responsável por fomentar a produção de filmes e séries no Brasil. A informação foi publicada numa edição extra do Diário Oficial da União na noite de sexta (30).
Segundo o documento, o afastamento cumpre uma decisão judicial proferida pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Ele ainda determina que Alex Braga Muniz, membro da diretoria colegiada da Ancine, substitua Castro em caráter temporário.
A decisão parece ter relação com um mandado de busca e apreensão na sede da Ancine, no Rio de Janeiro, emitido no final do ano passado por aquela mesma vara.
Isso porque outro decreto publicado pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, na mesma edição extra do Diário Oficial, afastou outros quatro servidores públicos.
Dois deles, o advogado Marcos Tavolari e o assessor do presidente da Ancine, Magno de Aguiar Maranhão Junior, foram alvos de investigação do mandado junto de Castro. A operação recolheu computadores, HDs, livros contábeis e outros itens.
O documento ainda proíbe os servidores afastados de acessar as dependências da Ancine e suas redes de computadores.
Este não foi, no entanto, o único imbróglio no qual Christian de Castro se envolveu nos últimos tempos.
Em março deste ano, uma sindicância conduzida pelo Tribunal de Contas da União suspendeu o repasse de recursos públicos para o audiovisual, exigindo que a Ancine revisse a forma como fiscaliza as contas dos projetos que aprova.
Na época, o tribunal deu 60 dias para que a agência elaborasse um plano de reanálise das prestações de contas.
Em resposta, Castro publicou um despacho paralisando as atividades na agência, incluindo a liberação de novos recursos para filmes e séries. Cineastas e servidores da agência criticaram o fato de que a decisão foi tomada sem a consulta dos demais diretores da entidade.
Há uma semana, uma fala de Castro num encontro do Gramado Film Market, parte da programação do Festival de Gramado, no Rio Grande do Sul, deixou indignada a plateia, formada por profissionais da indústria do audiovisual.
Ele chamou de "convite ao diálogo" a recente suspensão de um edital para TVs públicas, cujas categorias incluíam diversidade sexual e sexualidade –a decisão fora uma ordem do ministro da Cidadania, Osmar Terra.
Outros assuntos abordados pelo ex-diretor também causaram preocupação na plateia, como a indicação de substituir por empréstimos o atual investimento da Ancine em projetos, além de gastar mais com as empresas e menos em obras específicas.
O afastamento acontece num momento de atritos constantes entre o setor e o governo, que busca estabelecer mais controle sobre a Ancine, que ele decidiu transferir para Brasília.
No mês passado, Bolsonaro afirmou que pretendia extinguir ou privatizar a agência caso não pudesse implantar um "filtro de conteúdo" –intenção encarada como censura por profissionais da área.
Segundo o documento, o afastamento cumpre uma decisão judicial proferida pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Ele ainda determina que Alex Braga Muniz, membro da diretoria colegiada da Ancine, substitua Castro em caráter temporário.
A decisão parece ter relação com um mandado de busca e apreensão na sede da Ancine, no Rio de Janeiro, emitido no final do ano passado por aquela mesma vara.
Isso porque outro decreto publicado pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, na mesma edição extra do Diário Oficial, afastou outros quatro servidores públicos.
Dois deles, o advogado Marcos Tavolari e o assessor do presidente da Ancine, Magno de Aguiar Maranhão Junior, foram alvos de investigação do mandado junto de Castro. A operação recolheu computadores, HDs, livros contábeis e outros itens.
O documento ainda proíbe os servidores afastados de acessar as dependências da Ancine e suas redes de computadores.
Este não foi, no entanto, o único imbróglio no qual Christian de Castro se envolveu nos últimos tempos.
Em março deste ano, uma sindicância conduzida pelo Tribunal de Contas da União suspendeu o repasse de recursos públicos para o audiovisual, exigindo que a Ancine revisse a forma como fiscaliza as contas dos projetos que aprova.
Na época, o tribunal deu 60 dias para que a agência elaborasse um plano de reanálise das prestações de contas.
Em resposta, Castro publicou um despacho paralisando as atividades na agência, incluindo a liberação de novos recursos para filmes e séries. Cineastas e servidores da agência criticaram o fato de que a decisão foi tomada sem a consulta dos demais diretores da entidade.
Há uma semana, uma fala de Castro num encontro do Gramado Film Market, parte da programação do Festival de Gramado, no Rio Grande do Sul, deixou indignada a plateia, formada por profissionais da indústria do audiovisual.
Ele chamou de "convite ao diálogo" a recente suspensão de um edital para TVs públicas, cujas categorias incluíam diversidade sexual e sexualidade –a decisão fora uma ordem do ministro da Cidadania, Osmar Terra.
Outros assuntos abordados pelo ex-diretor também causaram preocupação na plateia, como a indicação de substituir por empréstimos o atual investimento da Ancine em projetos, além de gastar mais com as empresas e menos em obras específicas.
O afastamento acontece num momento de atritos constantes entre o setor e o governo, que busca estabelecer mais controle sobre a Ancine, que ele decidiu transferir para Brasília.
No mês passado, Bolsonaro afirmou que pretendia extinguir ou privatizar a agência caso não pudesse implantar um "filtro de conteúdo" –intenção encarada como censura por profissionais da área.
ITAITUBA-PÁ
"Não posso admitir que, com dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha", disse o presidente, na cerimônia de comemoração dos 200 dias do atual governo.
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