quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Com suspeita de febre amarela, criança de 9 anos é transferida de Alenquer e internada no HRBA

Fêmea do Aedes aegypti é responsável pela transmissão da febre amarela, dengue, chikungunya e zika vírus — Foto: Divulgação

Estão em andamento as investigações sobre o 1º caso suspeito de febre amarela em 2020 na região oeste do Pará. A criança de 9 anos que apresenta os sintomas semelhantes aos da doença deu entrada no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) nesta quarta-feira (19).

A menina que estava sendo acompanhada por profissionais de saúde do Hospital Santo Antônio, em Alenquer, encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HRBA, segundo informações do 9º Centro Regional de Saúde.

Uma equipe do 9º CRS/Sespa seguiu para o município em uma ambulancha, examinou a paciente antes de autorizar o protocolo de transferência. Foi coletado material para exames de febre amarela e leptospirose, que são feitos em Belém. As duas doenças têm sintomas semelhantes.

A menina mora na comunidade Cuatá para onde também a equipe de saúde seguiu para dar início às ações de bloqueio epidemiológico, inclusive com vacinação de moradores. A comunidade fica localizada em uma área de várzea com bastante mata alta.

“Vamos fazer um levantamento entomológico e de epizootia (mortes de macacos). Quando morre um macaco é sinal, um norte. Nossa preocupação é a febre amarela Vamos levar doses de vacinas para proteger as pessoas porque sabemos que tem circulação viral amarílico”, explicou o biólogo Alberto Soares, do 9º CRS.

Em 2017, o município de Alenquer sofreu com surto de febre amarela, com três mortes. Também teve registro de vítimas em Monte Alegre (1) e Aveiro (1). O último registro de mortes na região em decorrência da doença foi na comunidade Paricatuba, na região do Tapajós em Santarém.

Febre amarela

A febre amarela silvestre é uma doença infecciosa febril aguda, causada pelo vírus da febre amarela. A doença é comum em macacos, que são os mais afetados pelo vírus. A diferença entre as variantes silvestre e urbana é o vetor de transmissão: na cidade a doença é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue, zika e chikungunya. Na mata, os mosquitos do gênero Haemagogus transmitem o vírus. Apesar disso, o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença resultante da infecção.

Vacinas

A vacina contra a febre amarela está disponível na rede pública de saúde. Segundo a Sesa, 14,7 mil pessoas foram imunizadas no estado em janeiro de 2020.

As doses são recomendadas para pessoas entre nove meses até 59 anos de idade. O Ministério da Saúde também orienta para que crianças de quatro anos recebam um reforço da vacina.

Sintomas da febre amarela — Foto: Arte/G1

G1 Santarém — Pará


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