quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Justiça solta 3 sem-terra presos em Castelo de Sonhos

Silvanira Teixeira está em um programa de proteção a defensores dos direitos humanos por denunciar madeireiros (Foto: Fernando Martinho/Repórter Brasil)

Três trabalhadores rurais , ligados ao MST (sem-terra ), foram soltos nesta quarta-feira (23), após passarem dois meses na cadeia, foram presos acusados de crimes ambientais na Flona Jamanxin em Castelo de Sonhos.

SILVANIRA TEIXEIRA DE PAULA (líder dos  sem-terra), FRANCISCO  DAS NEVES FERREIRA (vulgo Goiano) e ANTONIO  DOS SANTOS (Tonhão), tiveram a liberdade nesta quarta-feira (23), por determinação da Justiça federal da cidade de Itaituba.
Conforme relatou o Advogado Davi de Paula Leite, que defende Silvanira , à  juíza Federal Sandra Maria Correia da Silva juíza de Itaituba, acatou os argumentos da defesa e liberou sua cliente na tarde desta quarta-feira (23). Na decisão a meritíssima  determinou algumas medidas cautelares, entre elas, que os três estão proibidos de irem até a Gleba Gorotire e de terem contato com os outros acampados.

SILVANIRA TEIXEIRA DE , FRANCISCO DAS NEVES FERREIRA (vulgo Goiano) e ANTONIO DOS SANTOS (Tonhão) [Foto:Divulgação Policia)

Acusação

Conforme a investigação da policia  a  integrante do MST “SILVANIRA TEIXEIRA DE PAULA ” identificada  como  líder das invasões foi acusada pelo Delegado de Polica Civil Francimar de Castelo de sonho, por venda de lotes dentro de área de reserva pela importância  de R$ 1.000,00 (um mil reais) a R$ 3.000,00 (três mil) reais cada lote, perfazendo atualmente a quantidade superior a 200 (duzentos) lotes.

As invasões iniciaram na área particular e depois passou a adentrar também na área de Reserva. Após realizar as vendas dos lotes era autorizada por ela a derrubada de madeiras no local, e cada carregamento retirado correspondia a quantia R$ 600,00 (seiscentos) reais; desse valor, percentual era dado a SILVANIRA, e o restante dividido entre os demais invasores. A investigação apontou que a líder Silvanira trabalhava em parceira com os outros dois representados.
Segundo a polícia, eles estavam desmatando uma área de preservação ambiental dentro da Floresta Nacional do Jamanxim  e  venda de madeira e terra publica em Castelo de Sonhos.

Outra Razões

O Repórter Daniel Camargos,  do Portal Repórter Brasil publicou nesta quarta-feira que os  presos foram acusados por um delegado da Polícia Civil de terem participado do ‘Dia do Fogo’ – queimadas criminosas que triplicaram o número de focos de incêndio na região de Novo Progresso, no Pará, entre os dias 10 e 11 de agosto.
A prisão dos três sem-terra, ordenada pela delegacia de Castelo dos Sonhos (distrito de Altamira vizinho a Novo Progresso), ia na contramão da principal linha investigativa conduzida pela Polícia Federal e pela Polícia Civil, que aponta como principais suspeitos fazendeiros, madeireiros e empresários da região, conforme revelou nesta terça-feira (22) a Repórter Brasil.

Por:JORNAL FOLHA DO PROGRESSO

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