quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

População deve redobrar cuidados diários para evitar a dengue

Sem acúmulo de lixo e água parada, o mosquito causador da doença não pode se reproduzir. | Fiocruz/Divulgação

Com o aumento das chuvas na região amazônica, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) alerta a população para as medidas preventivas rotineiras, e também as secretarias Municipais de Saúde para a importância da notificação imediata à Coordenação Estadual de Controle da Dengue de casos graves e óbitos suspeitos. A investigação epidemiológica é necessária para confirmação de mortes por dengue, com aplicação do protocolo específico e realização dos exames de sorologia e isolamento viral no Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) e Instituto Evandro Chagas (IEC).

Desde 2016, seguindo a proposta da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, utiliza três tipos de classificação da doença: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.

Segundo a coordenadora Estadual de Controle da Dengue, Aline Carneiro, os exames de sorologia e isolamento viral são fundamentais para saber quais vírus estão circulando no Pará. “Nos exames realizados em 2019 foram identificados 21 casos de dengue tipo 1 e 45 tipo 2. Mas o fato de ter poucos casos isolados não significa que não estejam mais circulando”, ressaltou a coordenadora.

Números de 2019

O Pará registrou reduções de 67,57% nos casos de febre chikungunya e de 47,43% de zika, em relação a 2018. Somente a dengue teve um aumento de 13% no mesmo período. Não foi registrado nenhum óbito por essas doenças em 2019.

Os dez municípios com mais casos de dengue são Canaã dos Carajás (272); Conceição do Araguaia (248); Senador José Porfírio (182); Novo Repartimento (104); Belém (93); Anapu (80); Vitória do Xingu (75); Rurópolis (66); Pacajá (64) e Ourilândia do Norte (61).

Conforme Aline Carneiro, evitar acúmulo de água continua sendo a melhor maneira de combater o mosquito da dengue, pois sem criadouros o Aedes aegypti não se reproduz. “Essa é a parte principal que cabe à população, que também deve procurar ajuda médica aos primeiros sinais e sintomas dessas doenças, já que o início é semelhante a um resfriado, mas pode se agravar e até matar”, alertou a coordenadora.

Cuidados e ações

Entre os cuidados que a população deve adotar diariamente estão: guardar garrafas sempre viradas para baixo; encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda; manter bem tampados baldes, tonéis e caixas d’água; guardar pneus ao abrigo da chuva e da água; limpar calhas no telhado; não deixar água parada sobre a laje; colocar o lixo em sacos plásticos bem fechados dentro de uma lixeira tampada, e fazer sempre manutenção de piscinas com produtos químicos apropriados.

Para manter as doenças causadas pelo Aedes sob controle no Estado, a Sespa vem desenvolvendo diversas ações em conjunto com todos os municípios, como: Plano de Contingência Estadual de Dengue, Chikungunya e Zika vírus para 2019; emissão de informe epidemiológico mensal; reunião com municípios da Região Metropolitana de Belém, Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e Coordenação de UBV, com a participação de coordenadores de Vigilância em Saúde, Epidemiológica e Endemias; realização de seminários para debater estratégias; supervisão das atividades de controle vetorial nos nove municípios do 12º Centro Regional de Saúde (CRS); treinamento destinado a supervisor de campo para municípios do 3º CRS; implantação das estações disseminadoras em dois condomínios de Belém e Ananindeua, para avaliação de método inovador de combate ao vetor, e bloqueio de transmissão em municípios com mais focos.

Com informações da Agência Pará

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