João Sávio, o Jango foi preso suspeito de matar Luana Silva, em Oriximiná — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Em depoimento à Polícia Civil de Oriximiná, no oeste do Pará, o assassino confesso de Luana Silva da Conceição, 34 anos, disse que a motivação do crime foi ciúmes. João Sávio, 35 anos, o "Jango", não aceitava o término do relacionamento e nem o romance da ex-companheira com um jovem de 20 anos. À polícia, familiares de Jango disseram que antes de matar Luana Jango disse a ela: "Você me trocou por um curumim".
"Segundo os familiares do acusado, quando ele diz 'Você me trocou por um curumim', ele foi dominado por um ódio naquele instante e acabou cometendo esse crime bárbaro que chocou o município, disse delegado William Fonseca.
Durante o depoimento, Jango contou que viveu com Luana por três anos e o fruto dessa relação foi uma filha. Em novembro de 2019, ela teria colocado um ponto final no relacionamento e logo em seguida iniciado um namoro com um rapaz mais jovem, o que tirou Jango do eixo.
"Em novembro ela tinha terminado com ele e ela já começou a se envolver com um rapaz mais jovem. Ela tinha 34 anos e o rapaz com quem ela estava se envolvendo tem 20. Ela já estava supostamente grávida desse rapaz. Segundo os familiares dele, que presenciaram toda a ação dentro do Conselho Tutelar, ele estava inconformado com o fato da ex-companheira estar namorando um rapaz, mas não imaginavam que ele fosse capaz de matar a ex-companheira", contou delegado Fonseca.
Ainda segundo o delegado, uma irmã de Luana confirmou que ela estava grávida, mas a polícia ainda aguarda o laudo do hospital. Outra vítima de Jango foi um sobrinho de Luana, que a acompanhava no Conselho Tutelar. É um adolescente de 17 anos que sofreu vários cortes e precisou passar por cirurgia.
"Estivemos no hospital e fomos informados que rapaz que foi esfaqueado foi submetido a procedimento cirúrgico. Ele teve lesões no rosto, no braço e no tórax. Vamos retornar ao hospital para avaliar a extensão das agressões que ele sofreu", informou o delegado.
Momentos de horror
A terça-feira (11) era para ser só mais um dia de expediente normal no Conselho Tutelar de Oriximiná, mas cenas de horror foram presenciadas por adultos, crianças e adolescentes que aguardavam por atendimento no órgão.
"Quando eu abri a porta só já vi o sobrinho da senhora todo ensanguentado e ouvi gritos de desespero das pessoas que estavam no Conselho Tutelar", contou Hoane Tavares.
Faca e tesoura usadas pelo suspeito no crime de vitimou Luana Silva — Foto: Márcio Garcia/Arquivo pessoal
Faca e tesoura usadas pelo suspeito no crime de vitimou Luana Silva — Foto: Márcio Garcia/Arquivo pessoalFaca e tesoura usadas pelo suspeito no crime de vitimou Luana Silva — Foto: Márcio Garcia/Arquivo pessoal
Faca e tesoura usadas pelo suspeito no crime de vitimou Luana Silva — Foto: Márcio Garcia/Arquivo pessoal
Segundo a conselheira tutelar Hoane Tavares, ela estava no meio de um atendimento quando ouviu gritos por socorro nos corredores do Conselho. O ex-casal havia ido ao órgão para uma audiência que estava marcada para às 10h. Como Jango chegou por volta de 09h30, de acordo com relatos da conselheira, ele ficou aguardando por Luana na recepção.
"Nós conselheiros que estávamos de plantão ficamos atendendo nas salas. Vamos dizer que faltavam uns 5 minutos para às 10h, nós só já ouvimos os gritos, pessoas pedindo socorro para chamar a polícia, mas a gente não sabia o que estava acontecendo. Eu liguei para a polícia e quando viemos para a frente do Conselho Tutelar eu não vi mais o homem e nem a ex-companheira dele. Só via pessoas gritando desesperadas e dizendo que era pra socorrer a mulher porque ele estava correndo atrás para matá-la", relatou Hoane.
A audiência que estava marcada para Jango e Luana tinha como objetivo um acordo em relação aos dias de visita dele para a filha, depois seriam encaminhados à Defensoria Pública para tratar sobre a guarda da criança.
*Com informações de Márcio Garcia, de Oriximiná
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