Edinaldo Sousa/Rádio Clube
Cerca de 20 detentos fizeram 3 agentes prisionais reféns. Logo que o 34º Batalhão de Policiamento Militar de Marabá soube a situação acionou imediatamente o 4º BPM e o Cime, Companhia de Missões Especiais que deram apoio.
De acordo com o major Edson Ribeiro, comandante do 34º BPM, existe um plano de ação do batalhão que deixa as viaturas constantemente fiscalizando os arredores do Crama. "Neste momento surgiu o alarde de que eles estavam tentando fugir, logo em seguida houve uma troca de tiros, estavam com armamento pesado, mas não tiveram êxito", destacou.
Pelo menos um detento ferido foi confirmado, foi atendido e com situação estável, segundo major Edson Ribeiro. Uma viatura de resgate do 5º Grupamento de Bombeiros Militar de Marabá chegou por volta de 10h da manhã deste sábado ao Crama. Eles só liberaram os reféns após a chegada da equipe da RBATV Marabá, solicitada pelos próprios detentos.
O segundo tenente Rodrigues participou do início da operação e ele diz que na tentativa de fuga os detentos receberam ajuda de pessoas de fora da casa penal, e no ato de impedir a fuga dos presos houve troca de tiros. "Ainda cheguei a visualizar os suspeitos que estavam dando apoio externo, houve troca de tiros entre nós e o pessoal que estava do lado de fora e muito provavelmente os disparos que foram feitos de lá para cá eram de armamento longo, possivelmente fuzil", declarou.
O tenente ainda elogiou a guarnição do presídio que na opinião dele, agiu rápido para evitar a fuga.
Uma barreira policial foi montada ao redor do local para auxiliar o trabalho da Polícia. Elioenay Brasil/RBATV
NEGOCIAÇÃO
A Defensoria Pública, por meio do Defensor de plantão Alysson Castro e o Ministério Público também estiveram no local acompanhando o caso. Uma barreira policial foi montada ao redor do local para auxiliar o trabalho da Polícia e dar mais segurança à redondeza.
No início da tarde o juiz Bruno Favacho da 2ª Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Marabá, major Edson e o Defensor Público Alysson Castro continuavam a negociar a liberação dos reféns. Segundo a advogada Andréa Oliveira, da OAB sub-seção Marabá que também participou das negociações, os detentos reivindicaram um horário determinado para as refeições, além de reclamar da qualidade da comida. "Reclamam que as visitas dos familiares estão sendo feitas de 20 em 20 dias, que os advogados não têm mais acesso a eles, que as visitas íntimas foram cortadas, não há separação entre doentes e saudáveis", descreveu ela.
Ainda no início da tarde de sábado, dois homens foram presos pela Polícia na rodovia BR-230 (Transamazônica) às proximidades do Crama. Um deles tinha um alvará de soltura e outro era um adolescente. Eles não souberam explicar a contento, o que estavam fazendo as proximidades do centro de recuperação justamente neste dia. A Polícia acredita que eles tiveram participação na tentativa de fuga.
Até o fechamento desta matéria os reféns ainda não haviam sido liberados.
Autor: Da Sucursal de Marabá
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