sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Chega a 1.600 o número de denúncias de violência contra a mulher registradas na DEAM, em Santarém

Dados são referentes a 2018, no período de janeiro a 12 de dezembro. O número é maior do que o registrado no mesmo período de 2017.
Por G1 Santarém — PA


Durante um encontro que debateu ações de combate à violência contra a mulher realizado na quinta-feira (13), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, em Santarém, no oeste do Pará, a delegada titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) Andreza Alves, contou que chegou a 1.600 o número de denúncias registradas na delegacia.

Os dados são referentes ao período de janeiro a 12 de dezembro de 2018. E o número é maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 1.248 casos foram comunicados à Deam.

A delegada acredita que as mulheres estão mais conscientes da importância de denunciar o agressor. “Existem muitas políticas públicas voltadas para o atendimento à mulher, a divulgação da Lei Maria da Penha, é um fator preponderante também. Tanto que as mulheres têm ido registrar ocorrências que nem são de fatos graves, são lesões corporais de natureza leve, ameaças, e principalmente injúrias”, ressalta.

Em Santarém, órgãos trabalham prestando assistência a mulheres que sofrem violência doméstica, o Centro Maria do Pará, é um deles. Diane Castro, coordenadora do Centro, esclarece que o espaço é um local de acolhimento, onde a mulher recebe um atendimento humanizado. “No Centro só tem profissionais mulheres, são advogadas, pedagogas, assistentes sociais e psicóloga. Todas elas estão ali para escutar a vítima, saber o que ela está sofrendo, para que só depois ela seja encaminhada para o profissional adequado”, conta a coordenadora.

Segundo Diane, através do Centro as mulheres também são encaminhadas para o mercado de trabalho e têm a oportunidade de fazer cursos profissionalizantes. “Porque não adianta você cuidar só da violência, você pode até resolver com um boletim de ocorrência, medida protetiva, mas e depois? Então a nossa preocupação é oferecer a mulher uma vida nova”, diz.



Atualmente, o Brasil é o 5º país no mundo em violência contra a mulher.

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