Desde sexta-feira (20) iniciou uma greve no Estado onde servidores públicos encerraram suas atividades laborais para fazerem algumas reivindicações ao poder do público. O Fórum de Itaituba foi um dos órgãos que aderiu o movimento, iniciando na quarta-feira (28) com a paralisação das atividades que seriam realizadas neste dia, com prazo indeterminado para terminar.
Fórum de Itaituba
Dessa forma, servidores se reuniram e permaneceram, diversas horas, em frente à sede do Fórum em Itaituba. Seguravam cartazes nos quais apresentavam suas reivindicações, pois, conforme o que relatou Ib Sales Tapajós, Analista Judiciário, a greve é fruto de reivindicações que não foram atendidas pelo Tribunal voltadas para a questão salarial e outras referentes a contratação de novos servidores.
Servidores do Fórum em greve.
Ainda de acordo com Ib Sales, representante do grupo, a pauta da questão salarial é a atualização do salário acompanhando a inflação, que é um direito previsto na Constituição direcionado aos servidores públicos e exige, do poder público, reajuste anual dos salários, pelo menos no nível da inflação.
“Neste ano o Tribunal não fez isso e houve uma tentativa de negociação do sindicato da categoria junto com o presidente do tribunal, mas não houve acordo, pois o máximo indicado por ele foi 2% de reajuste, enquanto a inflação acumulada é de 4,9%. No caso do TJ, existe uma defasagem de salário de 12%, entre 2016 e 2019, que diminui o poder de compra do servidor”, afirmou Sales.
Ib Sales destacou ainda que as demais questões reivindicadas voltam-se para melhores condições de trabalho, pois existe uma grande necessidade de mais estrutura, tanto pessoal quanto física, porque precisa-se de mais servidores e juízes presentes nas comarcas do interior.
Servidores durante manifestação.
“Temos destacado para a imprensa que a comarca de Itaituba funciona bastante em função dos servidores que são cedidos pela prefeitura para fazerem as tarefas do dia a dia do Tribunal, porque quando é realizado concurso não é convocada a quantidade suficiente de servidores”, acrescentou Ib.
Além disso, segundo o analista, a outra demanda exige a criação de uma vara para o Juizado Especial, pois existe apenas o Juizado Cível e Criminal. Pois, atualmente o Juizado Especial funciona de forma improvisada, das 15h as 17h somente, ou seja duas horas por dia e não possui Juiz e servidores próprios.
“Os servidores do tribunal, das três varas, fazem uma hora extra, trabalham normal das 8h às 14h e no juizado especial das 15h às 17h para atender a população, assim como os juízes de outras varas”, finalizou.
Ib informou que cerca de 70% dos servidores de todos os setores participam da manifestação, enquanto 30% continuam com as atividades normais, pois estão fazendo uma espécie de rodízio (revezamento), para continuarem atendendo a população. Nesta quinta-feira (29) servidores da OAB participaram da greve.
Servidores da OAB participando da manifestação nesta quinta-feira (29).
Fonte: Portal Giro
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