(Foto:Johannes Eisele / AFP) – O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi o primeiro dos chefes de Estado a discursar na 74ª Assembleia Geral da ONU. A soberania brasileira, a defesa da Amazônia e a abertura para relações internacionais foram destaques na fala do chefe do executivo brasileiro.
Confira os principais assuntos do discurso:
Amazônia
A fala do presidente foi marcada pela defesa a soberania nacional brasileira, realizando críticas aos interesses colonialistas em terras brasileiras. Apesar de não citar nomes, Bolsonaro criticou o posicionamento de alguns países em relação as queimadas que ocorreram recentemente na Amazônia, quando o assunto se tornou tema de uma reunião dos líderes do G7. O presidente marcou seu posicionamento de maneira firme ao voltar no assunto em momentos distintos do discurso.
O presidente afirmou que “É uma falácia dizer que Amazônia é patrimônio da humanidade” e ressaltou ações realizadas pelo governo brasileiro para promover o desenvolvimento sustentável. Bolsonaro afirmou que a região amazônica permanece praticamente intocada e que o Brasil é um dos países que mais protege o meio ambiente. O clima seco e os ventos nesta época do ano fazem com que exista um aumento no número de queimadas espontâneas ou até mesmo criminosas, praticadas por índios e pela população local como parte da cultura, declarou Bolsonaro. Em sua defesa, o presidente afirmou que sofreu ataques sensacionalistas da mídia internacional e nacional e que a Amazônia “não está devastada e nem consumida pelo fogo”.
Bolsonaro agradeceu o respeito do presidente dos EUA, Donald Trump, a soberania brasileira. A preservação de 61% do território brasileiro foi destaque na fala do presidente que afirmou que o país possui tolerância zero a criminalidade, incluindo crimes ambientais. Segundo Jair Bolsonaro, o objetivo brasileiro é aproveitar de forma sustentável todo o potencial brasileiro.
O fato de que 14% do território brasileiro seja demarcado e pertença a população indígena, foi ressaltado. Porém, Bolsonaro afirmou que não irá ampliar a demarcação para 20%, como era pretendido por governos anteriores. O presidente realizou a leitura de uma carta redigida por diversas comunidades indígenas que declararam apoiar total e irrestritamente a índia Ysani Kalapalo, moradora do Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, presente no evento.
Jair Bolsonaro afirmou ainda que a Organização das Nações Unidas, ONU, possui papel fundamental no que diz respeito a superação do colonialismo, tendo por obrigação impedir que a mentalidade colonizadora retorne.
O compromisso de apoiar as missões da ONU foi reafirmado pelo presidente que prometeu continuar dando suporte ao treinamento e a capacitação de tropas realizadas pelo Brasil em missões como as do Haiti e do Congo. O presidente também agradeceu o apoio de Israel “nos recentes desastres que ocorreram no país”.
Economia
O fortalecimento das relações internacionais foi outro ponte importante do discurso do presidente durante o evento. Bolsonaro ressaltou as ações do governo para atrair investimentos e recuperar a economia do país, “adotando políticas que nos aproximem de países desenvolvidos”, na fala do presidente.
Bolsonaro afirmou que “não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade econômica. E vice-versa. O livre mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no Brasil.” O presidente comentou que o Brasil está pronto para iniciar o processo de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), adotando práticas mundiais que se estendem da regulação financeira até a proteção ambiental.
Os acordos comerciais firmados pelo Brasil recentemente também foram comentados, junto com a promessa de que novos acordos deverão ser fechados. A isenção de vistos para imigrantes vindos dos Estados Unidos, Japão, Australia e Canadá foi comentada pelo presidente como uma maneira de atrair turistas para o Brasil e ajudar a movimentar a economia. Segundo Bolsonaro, em breve os imigrantes chineses e indianos também não necessitarão de vistos.
A intenção de firmar a relação com alguns países do Oriente Médio e da Ásia foi comentada durante o discurso, o presidente afirmou que também pretende estreitar as relações com a África, Oceania e Europa. Segundo o chefe do executivo brasileiro, o país está “aberto ao mundo em busca de parcerias, prosperidade, paz e liberdade.”
Sergio Moro
O ministro da Justiça, Sergio Moro, recebeu elogios durante o discurso de Jair Bolsonaro ao ser citado como um símbolo do país, de patriotismo, perserverança e responsável por julgar e punir “presidentes socialistas que compraram parte da mídia e do parlamento”.
A diminuição no número de homícidios e crimes violentos no país foi citada pelo presidente que afirmou que desde o início do seu governo o “Brasil está mais seguro e mais hospitaleiro”.
Direitos humanos
Bolsonaro afirmou que no Brasil, os mais altos padrões dos direitos humanos são respeitados. O discurso do presidente ressaltou que a defesa a democracia, liberdade de expressão, religiosa e de imprensa são prioridades do seu governo, assim como um mundo sem impunidade. A extradição de Cesare Battisti foi utilizada pelo presidente como um exemplo para afirmar que terroristas não terão mais refúgio no Brasil.
Ideologia de gênero
Segundo Bolsonaro, “nos deixamos seduzir por sistemas ideologicos de pensamento que não buscavam a verdade mas o poder absoluto, dominando meios de comunicação, universidades e escolas”. O presidente afirmou que esses sistemas ideologicos estão tentando implantar ideologias que vão contra a família e a inocência das crianças, negando suas identidades biológicas. Bolsonaro seguiu afirmando que o politicamente correto substituiu a racionalidade, numa tentativa de expulsar Deus e a dignidade.
O presidente citou ainda um versículo da bíblia para afirmar que o Brasil será liberto dessa ideologia. O trecho escolhido por Bolsonaro foi João 8:32 que diz “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Perseguição religiosa
O presidente se mostrou sensibilizado com a perseguição sofrida por minorias religiosas e afirmou que deverá propor a criação do “dia internacional em memória das vítimas de atos de violência baseados em religião ou crença”.
Por: Danielle Santana – Diario de Pernambuco
Confira os principais assuntos do discurso:
Amazônia
A fala do presidente foi marcada pela defesa a soberania nacional brasileira, realizando críticas aos interesses colonialistas em terras brasileiras. Apesar de não citar nomes, Bolsonaro criticou o posicionamento de alguns países em relação as queimadas que ocorreram recentemente na Amazônia, quando o assunto se tornou tema de uma reunião dos líderes do G7. O presidente marcou seu posicionamento de maneira firme ao voltar no assunto em momentos distintos do discurso.
O presidente afirmou que “É uma falácia dizer que Amazônia é patrimônio da humanidade” e ressaltou ações realizadas pelo governo brasileiro para promover o desenvolvimento sustentável. Bolsonaro afirmou que a região amazônica permanece praticamente intocada e que o Brasil é um dos países que mais protege o meio ambiente. O clima seco e os ventos nesta época do ano fazem com que exista um aumento no número de queimadas espontâneas ou até mesmo criminosas, praticadas por índios e pela população local como parte da cultura, declarou Bolsonaro. Em sua defesa, o presidente afirmou que sofreu ataques sensacionalistas da mídia internacional e nacional e que a Amazônia “não está devastada e nem consumida pelo fogo”.
Bolsonaro agradeceu o respeito do presidente dos EUA, Donald Trump, a soberania brasileira. A preservação de 61% do território brasileiro foi destaque na fala do presidente que afirmou que o país possui tolerância zero a criminalidade, incluindo crimes ambientais. Segundo Jair Bolsonaro, o objetivo brasileiro é aproveitar de forma sustentável todo o potencial brasileiro.
O fato de que 14% do território brasileiro seja demarcado e pertença a população indígena, foi ressaltado. Porém, Bolsonaro afirmou que não irá ampliar a demarcação para 20%, como era pretendido por governos anteriores. O presidente realizou a leitura de uma carta redigida por diversas comunidades indígenas que declararam apoiar total e irrestritamente a índia Ysani Kalapalo, moradora do Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, presente no evento.
Jair Bolsonaro afirmou ainda que a Organização das Nações Unidas, ONU, possui papel fundamental no que diz respeito a superação do colonialismo, tendo por obrigação impedir que a mentalidade colonizadora retorne.
O compromisso de apoiar as missões da ONU foi reafirmado pelo presidente que prometeu continuar dando suporte ao treinamento e a capacitação de tropas realizadas pelo Brasil em missões como as do Haiti e do Congo. O presidente também agradeceu o apoio de Israel “nos recentes desastres que ocorreram no país”.
Economia
O fortalecimento das relações internacionais foi outro ponte importante do discurso do presidente durante o evento. Bolsonaro ressaltou as ações do governo para atrair investimentos e recuperar a economia do país, “adotando políticas que nos aproximem de países desenvolvidos”, na fala do presidente.
Bolsonaro afirmou que “não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade econômica. E vice-versa. O livre mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no Brasil.” O presidente comentou que o Brasil está pronto para iniciar o processo de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), adotando práticas mundiais que se estendem da regulação financeira até a proteção ambiental.
Os acordos comerciais firmados pelo Brasil recentemente também foram comentados, junto com a promessa de que novos acordos deverão ser fechados. A isenção de vistos para imigrantes vindos dos Estados Unidos, Japão, Australia e Canadá foi comentada pelo presidente como uma maneira de atrair turistas para o Brasil e ajudar a movimentar a economia. Segundo Bolsonaro, em breve os imigrantes chineses e indianos também não necessitarão de vistos.
A intenção de firmar a relação com alguns países do Oriente Médio e da Ásia foi comentada durante o discurso, o presidente afirmou que também pretende estreitar as relações com a África, Oceania e Europa. Segundo o chefe do executivo brasileiro, o país está “aberto ao mundo em busca de parcerias, prosperidade, paz e liberdade.”
Sergio Moro
O ministro da Justiça, Sergio Moro, recebeu elogios durante o discurso de Jair Bolsonaro ao ser citado como um símbolo do país, de patriotismo, perserverança e responsável por julgar e punir “presidentes socialistas que compraram parte da mídia e do parlamento”.
A diminuição no número de homícidios e crimes violentos no país foi citada pelo presidente que afirmou que desde o início do seu governo o “Brasil está mais seguro e mais hospitaleiro”.
Direitos humanos
Bolsonaro afirmou que no Brasil, os mais altos padrões dos direitos humanos são respeitados. O discurso do presidente ressaltou que a defesa a democracia, liberdade de expressão, religiosa e de imprensa são prioridades do seu governo, assim como um mundo sem impunidade. A extradição de Cesare Battisti foi utilizada pelo presidente como um exemplo para afirmar que terroristas não terão mais refúgio no Brasil.
Ideologia de gênero
Segundo Bolsonaro, “nos deixamos seduzir por sistemas ideologicos de pensamento que não buscavam a verdade mas o poder absoluto, dominando meios de comunicação, universidades e escolas”. O presidente afirmou que esses sistemas ideologicos estão tentando implantar ideologias que vão contra a família e a inocência das crianças, negando suas identidades biológicas. Bolsonaro seguiu afirmando que o politicamente correto substituiu a racionalidade, numa tentativa de expulsar Deus e a dignidade.
O presidente citou ainda um versículo da bíblia para afirmar que o Brasil será liberto dessa ideologia. O trecho escolhido por Bolsonaro foi João 8:32 que diz “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Perseguição religiosa
O presidente se mostrou sensibilizado com a perseguição sofrida por minorias religiosas e afirmou que deverá propor a criação do “dia internacional em memória das vítimas de atos de violência baseados em religião ou crença”.
Por: Danielle Santana – Diario de Pernambuco
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