terça-feira, 19 de novembro de 2019

Escola Adventista se pronuncia após polêmica sobre "homossexualismo" em prova

De um lado, o conteúdo causou revolta nas redes sociais. Mas, há quem concorde com a conduta da escola. | Reprodução

A Escola Adventista de Correios, em Belém, se pronunciou, na manhã desta terça-feira (19), sobre a polêmica envolvendo uma tarefa elaborada por um professor de Língua Portuguesa "condenando o homossexualismo".

Em nota, a Escola Adventista disse que "as questões contidas no questionário tinham como objetivo colher as diversas opiniões e sentimentos sobre a temática em estudo e davam a cada estudante a oportunidade de expressar livremente sua opinião".

A Escola Adventista afirma ainda, que "um livro serviu como auxílio na tarefa, o que ocorre em várias disciplinas" e que "a tarefa que o professor elegeu levou em conta o conhecimento prévio do aluno. E, com isso, procura proporcionar um debate qualificado a respeito do assunto.".

Segundo o colégio, " a ideia é a de formar um cidadão que respeita opiniões diversas, bem como seja capaz de pensar por si próprio sobre as temáticas apresentadas, respeitando todos os indivíduos sem qualquer tipo de discriminação sexual, racial, religiosa, ou de outra natureza".

O Colégio finaliza a nota afirmando que é uma instituição comprometida com uma religião ou ideologia, "reconhecida pela confiança e credibilidade que transmite, especialmente por apresentar uma proposta educacional de alta qualidade, pautada em valores baseados na Bíblia e direcionada a promover o desenvolvimento harmonioso das faculdades físicas, intelectuais, espirituais e sociais de cada aluno".

RELEMBRE O CASO

Dentre as perguntas relacionadas a homossexualidade presentes na tarefa, estão: "Existe cura?", "Como evitar o homossexualismo?" e "Homossexualismo tem perdão?".

A história viralizou nas redes sociais após uma denúncia feita no Facebook. Segundo o denunciante, "esse questionário é a prova e era necessário adquirir um livro que custa entre 36 a 46 reais".

No livro, que serviu de referência para as respostas, diz que “a cura [para a homossexualidade] trata-se de uma 'mudança demorada e difícil' e as causas do homossexualismo são justificadas quando o filho 'vive cercado de mulheres' ou por ser 'criado num lar onde o pai é fraco ou ausente'”.


Precisamos conversar sobre HOMOFOBIA NA ESCOLA!

Antes de começarem a ler esse texto, olhem as imagens atentamente. Trata-se de um questionário da matéria de LÍNGUA PORTUGUESA, para os alunos do 9º ano, em 2019! NÃO, NÃO É ENSINO RELIGIOSO, é isso mesmo que você leu.

Minha irmã chegou em casa e ao começar a responder essas perguntas (não postei todas, confesso que senti uma vergonha ao ler isso neste século) ficou tão CHOCADA quanto a mim.

Esse questionário é a PROVA e era necessário adquirir um livro que custa entre 36 a 46 reais. E quem não comprasse, que desse um jeito de ir atrás do tal livro.

Fico mais chocado ainda que temos uma série de perguntas que não contém nenhuma base científica, totalmente desproporcional ao conteúdo da disciplina.

A pergunta que fica é: qual é a intencionalidade pedagógica que o professor estava ministrando ao solicitar essa atividade dentro do contexto de Língua Portuguesa?

***GALERA, peço que marquem o maior número possível de pessoas que podem me ajudar a levar isso a órgãos competentes de educação e Direito!**

De um lado, o conteúdo causou revolta nas redes sociais. Mas, há quem concorde com a conduta da escola. Reprodução

ABORDAGEM

A temática, no entanto, dividiu a opinião dos internautas. A maioria critica a abordagem, no entanto, há quem concorde com a conduta da escola.

"Triste. Sem necessidade. O ensino de qualidade não faz este tipo de abordagem. Escola não é igreja. Lá há famílias de todos os formatos. É preciso respeito", afirmou um internauta.

"Quando um professor afere esse tipo de questão na prova mostra o quanto a sua sexualidade é frágil. Por outro lado revela o despreparo da escola ao tratar sobre a questão e consequentemente com seus alunos LGBTI's, e pior reforça o preconceito e discriminação", lamentou mais um.

"Minha filha estuda nesta rede de escolas. A escola nunca escondeu sua conduta e suas regras, não vejo nada demais nesta prova. Quem estiver incomodado que procure outra escola, com outros princípios", opinou um pai de aluna.

"Meus parabéns ao professor pelo excelente ensinamento aos seus alunos, esse exemplo deveria ser seguido em todo país ao invés de ensinar funk, ou sexo oral em sala de aula como já foi noticiário. O Brasil está no caminho certo agora", afirmou outro.

Autor: Diário Online

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